Eu nunca quis uma vida de rotina. Provavelmente por isso que, quando era mais novo, quis ser fazer teatro e ser ator. Achava que eles tinham uma vida mais emocionante, ou pelo menos não tanto rotineira, quanto acordar no mesmo horário todo dia (seja ele qual for), ir trabalhar, voltar para casa, divertir-se com amigos ou namorados, namoradas, em algum momento do dia ou da semana (muitas vezes esses momentos podem até ser cronometrados), voltar pra casa, dormir e recomeçar o dia tudo de novo... eu não queria isso, mas comecei, quase que deliberadamente (ou não) a ter uma vida rotineira.
Até que percebi que o que sempre gostei mesmo foram os excessos(gente, como é difícil escrever excesso!!! rsrs).E é tão bom quando a gente encontra na vida algo que a gente gosta de fazer, um lugar onde a gente gosta de morar, uma pessoa que a gente gosta de conviver... você acha que o mundo foi feito para você... mas depois as coisas mudam. Porque infelzimente não se pode viver no exagero. Mas a rotina também nos prende muito. E viver uma vida medíocre (no meio do caminho) é horrível. É aí que às vezes o equilíbrio nos aponta como uma saída viável, possível, não sei se a melhor saída, mas enfim...
O ruim é quando algo que era bom vira um inferno, justamente por não pensarmos que aquilo "bom" poderia se tornar tão ruim. Quando o excesso vira rotina, ou seja, quando aquilo que sonhamos ser uma saída legal, agradável, às vezes a única possível, vira mais uma prisão irrefreável; quando o paraíso vira um inferno. E você vê que seu sonho, seu sonho de vida, sua vida, não é mais como você pensava.
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Um comentário:
Entendo isso.
Escravo de si mesmo.
Eu brindo a uma vida cheio de excessos.
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