terça-feira, 5 de agosto de 2008

Hey, eu posso escolher!

Vendo televisão, eu estava pensando esses dias em como a propaganda nos faz pensar ou mesmo escolher coisas, o que é meio função dela mesmo, mas tem vezes que ela exagera, como quando eles criam uma promoção para que você compre alguma coisa e tal, e ganhe um prêmio. Muitas vezes é um prêmio que não tem nada a ver com o que realmente queremos, com o que realmente estamos comprando e mesmo assim, eles nos oferecem.
Por exemplo: já vi várias vezes isso: se você comprar tal coisa, você ganha um show de não sei qual cantor, ou você ganha uma viagem a tal lugar, ou você ganha uma outra coisa igual, um produto similar, da mesma linha, enfim... ou brindes que muitas vezes nem são úteis ou pior: nem queremos.
Aí penso: porque eles não nos dão direito de escolha? Eu não quero um show de tal artista, não que eu não precise de diversão, mas eu quero ter mais dinheiro, comprando o que realmente eu quero e preciso por um preço mais barato para que sobre dinheiro para eu me divertir como eu achar melhor. Seja num show de um artista que eu goste, seja numa viagem que eu fizer para onde eu quiser, até porque eu posso também escolher não viajar, eu posso não gosta de viajar, é uma escolha minha.
Eu coloquei este exemplo da publicidade porque é algo aparente, mas existem vários outros momentos em que exploram nossa individualidade e nosso direito de escolha. E, num mundo aparentemente pautado pela individualidade (que algumas pessoas acham tão ruim, inclusive, mas não quero discutir isso aqui agora), é exatamente nossa individualidade que está sendo abusada e explorada, nosso direito primordial de escolha.
Eu sei que não somos livres, de maneira total. Mas algumas coisas podemos sim, escolher, ora... se quisermos... e se estivermos sendo aliciados, que ao menos saibamos que estamos sendo explorados e que escolhamos ser explorados (porque às vezes nem é tao ruim, assim... desde que tenhamos consciência de que foi uma escolha nossa).

Nenhum comentário: