Um dia me perguntaram o que eu daria para uma diva. Respondi, quase sem hesitar, remédios para dormir. Toda diva deve ter uma vida exausta, senão pelo agitação prática, toda a agitação emocional com certeza é estafante. E dormir seria a melhor opção. Não por descansar, mas por fugir. Fugir e ter a chance de renascer, diferente de quando se morre, meio definitivo demais para uma diva, mesmo que ela seja um mito e, portanto, eterno. Mas minha resposta não foi a única interessante. Também me disseram espelhos. Divas realmente precisam de espelhos. Afinal, quando todos se forem, quem vai amá-la a não ser ela mesma? Ou odiá-la? Ah, divas precisam ser odiadas, porque elas gostam de ser contrariadas, uma vez que contrariando-as existe a afirmação de sua vontade. E ela é uma diva. Uma diva é quase uma deusa.
Quase. A diva, assim como a deusa, não se bastam. Mas a diva é humana. A diferença desta palavra é sutil e enorme.
O ser humano sonha. O sonho é o pior vício dos humanos. É pelo sonho que conseguimos as coisas, porém é também pelo sonho que nos viciamos e andamos de precipício em precipício, como diz uma música.
E assim, vamos, apaixonados, fugindo, nos escondendo, vivendo, nos admirando, nos odiando, à beira dos precipícios (e dos suicídios?), vivendo e principalmente sonhando, viciados em amor e em excesso.
Só quem vai até o fim entenderia isso.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Não sei exatamente se vou até o fim, mas digo que intendo do que fala.
Todas essas experiências, tudo o qeu fazemos na vida.
Pelo menos o que eu faço, posso dizer que me coloco no mais alto pedestal e ao mesmo tempo que me jogo no mais fundo dos buracos.
Acho que estou é esperando pra que alguém me salve do precipício - que sou eu mesmo.
http://putoanonimo.blogspot.com
Postar um comentário