quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A praia e o lodo

Tenho medo de falar que posso estar passando por uma "crise de caráter", mas se isso existe, posso mesmo estar passando por ela... tenho me sentido mal, invejoso, perverso, nojento, enfim coisas muito ruins, coisas que nunca tinha sentido antes; adjetivos que achei não se aplicavam a mim... até imagino o fato que desencadeou tudo isso, e tento refutá-lo pois sei que ele é falso, mas de qualquer maneira me fez conhecer meu lado obscuro. Aquele lado que ninguém quer conhecer de si próprio com medo de se julgar demais e com medo principalmente de se assutar demais consigo mesmo, mas é um lado que todos tempos e invariavelmente vamos nos deparar com ele mais cedo ou mais tarde.
Visitar o nosso lodo, chegar até ele é difícil, ruim, mal-cheiroso, mas importante... eu diria até necessário. A partir de nosso profundo, de nosso lodo, podemos ver que lá em cima existe uma praia, diferente desse lodo todo, mas que de alguma forma, tem uma relação com ele. Também tenho visto que a depressão pode não ser triste, mas apenas profunda. A profundidade não precisa ser ruim, mas geralmente ela é incômoda, dói e aí chegamos ao nosso tão temido lodo. Mas, quem consegue andar no chão nojento e pegajoso do lodo, comumente consegue andar na areia fina da praia e nadar no mar lá em cima, aparentemente tão diferente do lodo.
Viver apenas no lodo não é vida, não dá pra ver o sol. Porém as pessoas que só conhecem a praia podem se afogar com mais facilidade do que aquelas que tiveram a experiência de andar no lodo (mas não o tempo todo).

Um comentário:

Jean. disse...

THIAGOOOOOOOOOOO
perdi seu orkut!

vê se entra no msn e me passa o novo! abração